Medo (a palavra que supostamente devia abolir do meu dicionário)


Hoje deu-me para isto, parece que “o medo tomou conta de mim”, na verdade já tem andado a tomar a algum tempo… Mas hoje o “piripac” está a ser de tal ordem que teve de ser um dos meus “grilinhos falantes externos” a encaminhar-me para aqui…
Há quem diga que medos irracionais são aqueles que atrapalham o dia a dia e que nos impedem de executar tarefas. Ah! Então é isso… Eu devo ter uma lista infindável deles e parece que se reproduzem a altíssima velocidade, porque é que os medos se reproduzem e os pensamentos positivos não?
Neste momento tenho medo (basicamente e em resumo) do futuro. É estranho?! Passo a tentar explicar… Medo do futuro, acabou por ser a terminologia que acabei (mesmo agora) de adoptar para a minha paranoia. Pois eu tenho medo de tantas, tantas coisas que se as fosse numerar a todas estaria aqui umas boas horas, o “Futuro” abrange TUDO pois o futuro tanto pode ser daqui a 1 segundo com daqui a anos…
Olha para mim! Aqui a dar voltas e voltas para não falar direto… a verdade é que - tenho vergonha – eu tenho muito medo de tudo o que acontece por esse mundo fora, eu sei que são coisas que não posso de todo controlar, eu quero acreditar que nada de (muito) mau vai acontecer mas não consigo… estou em pânico! No sábado alguém me disse que “Não é nos desresponsabilizarmos do resto do mundo, é viver o nosso mundo da melhor maneira possível!” mas este meu MEDO está incontrolável ele tem o poder de mudar o meu humor, de condicionar a minha vida, de roubar sonhos e destruir esperanças de meu roubar paciência e até o sorriso… Só para terem uma noção eu vou dar um exemplo (parvo) mas muito concreto… há uns meses atrás eu propôs-me a perder peso e perdi 20kg fiquei super orgulhosa estava muito feliz com a conquista, mas de repente comecei a ficar “fraca psicologicamente” com muito macaquinhos no sótão e quando bati no fundo comecei então este “meu processo” no meio de todo este carrossel perdi-me (na alimentação) não me consigo controlar como controlava e aqueles quilinhos a mais voltaram :’( estou triste com isso, sim! Mas parece que existe alguma coisa que não me deixa “voltar ao bom caminho” isto para vos explicar que agora que penso em regressar a “esse bom caminho” também penso para quê?! Isso não vai ser mais importante, nem sabei se andaremos cá muito mais tempo… Isto não é de que está “doente”? Eu no fundo até sei que sim… E pergunto-me muitas vezes para quê? Não é por eu ficar neste estado que alguma coisa (no mundo) vai mudar (talvez apenas eu que estou a perder horas (ou anos) de vida, enfim!).
Eu quero uma poção mágica que elimine o medo e me encha de uma coragem absurda… mas não há meio de encontrar essa poção!
Eu sei que neste meu processo, nem tudo é mau… eu já quase aniquilei alguns dos meus medos mas há alguns que duram e duram… e fazem quase com que eu fique obcecada… Eu quero muito sentir-me bem, tranquila… a sério que quero mas depois “há isto”. Alguém me pode ajudar?!
Há gente que olha para nós e nem imagina como somos ou estamos “por dentro” não é? E sabem o que é que me faz muita falta, alguém para desabafar o meu companheiro está cansado, cansado não exausto, casadíssimo, sem paciência... e se ele não tem razão! Mas chego-me a chatear com ele porque “em momentos de crise” não me apoia…
Resumindo, com este texto sem pés nem cabeça, completamente desconectado mas saiu assim… saiu cá de dentro! (Se alguém o conseguir ler até ao fim Parabéns!), a minha intenção era só… libertar… e tentar dormir… se eu não for a única nesta situação é porque há mais alguém que me compreende e esse alguém pode ter a certeza que eu o compreendo…gostaria de ajudar alguém! E de ser ajudada também… acredito no poder das palavras sinceras!
Olhem só… agora a pesquisar rapidamente uma imagem para ilustrar ente post (como faço sempre) aparece isto:

“A tirania do Medo

O nosso mundo vive demasiado sob a tirania do medo e insistir em mostrar-lhe os perigos que o ameaçam só pode conduzi-lo à apatia da desesperança. O contrário é que é preciso: criar motivos racionais de esperança, razões positivas de viver. Precisamos mais de sentimentos afirmativos do que de negativos. Se os afirmativos tomarem toda a amplitude que justifique um exame estritamente objectivo da nossa situação, os negativos desagregar-se-ão, perdendo a sua razão de ser. Mas se insistirmos em demasia nos negativos, nunca sairemos do desespero.

Bertrand Russell”

Este senhor que parece que viveu até 1970 devia estar a pensar numa criaturinha que havia de nascer 18 anos depois de ele morrer e que algures na sua vida ia mesmo atingir um estado de apatia e desesperança.

Desafio! Peço (a quem conseguiu ler esta bagunça de texto) que me ajudem a criar motivos racionais de esperança e razões positivas de viver! Pode ser?

Beijinhos carregados de força (que eu tb bem preciso)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Parabéns por hoje, felicidade para sempre!

Algum dia direi: "Não foi fácil, mas consegui..."

Medusa...